sábado, 14 de maio de 2011

Google pode enfrentar processo antitruste semelhante ao da Microsoft

Planos de expansão da gigante das buscas começam a incomodar as agências reguladoras na Europa e nos Estados Unidos.


A Google está muito perto de ir para o banco dos réus na corte dos EUA. Acusada de prática de comportamento desleal, igual aconteceu à Microsoft na década de 90. Ocorre que a Comissão Federal de Comércio dos EUA, segundo a rede de notícias Bloomberg, estaria com a empresa de Mountain View na mira em investigações antitruste. Em novembro de 2010, a Google foi levada à corte da Comunidade Europeia, também por ser acusada de agir fora das regulamentações determinadas pelas comissões de comércio. Recentemente, a Microsoft afirmou que irá tomar parte na ação antitruste contra a Google na Europa.
As preocupações das autoridades antitruste aumentaram quando a Google anunciou planos de expandir o Google Books e de comprar a empresa de agregação de dados de vôos ITA. Em janeiro de 2011, o departamento de justiça dos EUA estaria preparando uma ação contra a Google, com foco na transação com a ITA – tal ação, porém, não se concretizou.
Muito além da busca
Segundo in formações da comScore, a Google detém atualmente, 66% de todo o mercado de buscas na internet dos EUA. Ocorre que, com o Android, a Google ultrapassou o ambiente das buscas e se torna um participante dominante no segmento e sistemas operacionais para telefonia e computação móveis. Os planos de criar a maior biblioteca digitalizada do mundo, completamente indexada e pronta para ter conteúdo exibido em buscas no Google permanecem vivos na empresa de Larry Page.
Na frente de batalha contra a Apple, a Google se prepara para lançar um serviço de venda de músicas concorrente ao iTunes. Segundo relatórios do jornal inglês, Guardian, a empresa também quer transformar o Youtube em canal para transmissão de partidas ao vivo das principais ligas norte-americanas: a NHL de hóquei e a NBA, de basquete.
Se juntarmos todas as informações que a Google já tem em seus servidores, não é difícil entender os motivos que levam as agências reguladoras a aumentar a pressão sobre a companhia.
Vale questionar se o tratamento que a Google recebe, é, de alguma maneira, comparável ao dispensado à Microsoft nos anos 90. O jornalista-contribuidor da Bloomberg, Paul Kedrosy, chama atenção para o fato de os serviços de busca da Google não reduzirem a liberdade do usuário, como era o caso de sistemas operacionais da Microsoft.
Ao optar por usar o Windows, o usuário tem de usar programas desenvolvidos especificamente para essa plataforma. Com base nesse tremendo poder de fogo, a Microsoft aumentou a pressão sobre seus competidores.
A Google, por sua vez, não tem como aprisionar o usuário. Existem outros motores de busca na Internet, como o Blekko, o Duckduckgo e o Bing. Seja qual for o motivo, as pessoas preferem usar o Google. Ainda assim, a enorme base de dados de usuários do Google o coloca em vantagem e lhe oferece a possibilidade de eliminar determinadas empresas dos primeiros resultados de busca. É com base nesse argumento, que autoridades da Europa se preparam para, talvez, iniciar um longo processo contra a empresa.

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