sábado, 14 de maio de 2011

Processo antitruste contra Microsoft termina depois de 13 anos

Departamento de justiça acusava empresa de manter ilegalmente monopólio no mercado de desktops, companhia diz que experiência mudou sua visão.


Após mais de 13 anos, chega ao fim o processo antitruste iniciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra a Microsoft. Com isso, também termina a supervisão de uma corte americana sobre o caso, que já durava mais de oito anos.

A supervisão da juíza Colleen Kollar-Kotelly de um acordo de novembro de 2002 estendido duas vezes entre a Microsoft e o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) acaba nesta quinta-feira (12/5).


Nos últimos anos, a juíza focou-se principalmente em pequenos detalhes do acordo – problemas em documentações técnicas para protocolos de comunicação que a Microsoft teve de compartilhar com seus concorrentes.

Em um comunicado publicado ontem, o Departamento de Justiça classificou o caso de antitruste, iniciado em 1998, como bom para o cenário competitivo no mercado de TI (tecnologia da informação).

O julgamento antitruste protegeu o desenvolvimento e a distribuição de middleware (programa que faz mediação entre software e demais aplicativos) e permitiu que os consumidores tenham escolhas, afirma o Departamento.

“O julgamento final (...) evitou que a Microsoft continuasse com o tipo de comportamento excludente que levou ao processo original”, diz o DOJ. “A Microsoft não domina mais a indústria de computadores como fazia quando o processo teve início em 1998.”

Segundo o Departamento de Justiça, o acordo antitruste também levou a “condições competitivas” que permitiram que novos produtos, incluindo aparelhos móveis e computação na nuvem, se desenvolvessem como potenciais ameaças ao sistema operacional desktop Windows.

A alegação principal do processo original era que a Microsoft mantinha ilegalmente seu monopólio no mercado de sistemas operacionais de computadores, excluindo middleware concorrentes de seu próprio sistema.

A Microsoft publicou uma declaração para marcar o fim do caso: “Nossa experiência nos mudou e moldou a maneira como vemos nossa responsabilidade em relação à indústria. Estamos satisfeitos em conduzir esse assunto a um desfecho bem-sucedido e estamos animados para continuar entregando ótimos produtos e serviços para nossos parceiros e consumidores.”

Impacto do caso
Analistas concordaram que o caso não teve um grande impacto na Microsoft, mas um deles disse que o processo pode ter influenciado um pouco sua ação no mercado.

A decisão judicial teve alguns efeitos “psicológicos” na companhia, segundo o analista da Gartner, David Mitchell Smith. “Quando você coloca uma empresa sob investigação minuciosa e a prende um pouco em termos do que ela pode fazer, isso muda a sua atitude e perspectiva e trava seu estilo”, disse. “Mas fundamentalmente todas as curas que saíram disso foram bastante pequenas.”






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